Sob o desígnio do Cavalo de Vento


"Cavalo de Vento" é o nome e o simbolismo que escolhi para representar todo o meu trabalho. Nas meditações, cerimónias e sessões individuais, recorro a elementos de tradições orientais e ocidentais, do xamanismo ao budismo e cristianismo. O Cavalo de Vento, animal lendário, é um símbolo forte em várias tradições. Simboliza a alma humana em tradições xamânicas asiáticas, o bem-estar e boa sorte na tradição tibetana, e amor e bondade na tradição nativa norte-americana, e a liberdade na astrologia. 

Na tradição do tribo norte-americana Choctaw, é contada a lenda do Cavalo de Vento, que começa assim:

No tempo em que dia e noite ainda estavam a decidir quem vem primeiro, vivia um Cavalo que nunca há de ser visto novamente. Este Cavalo não tinha inimigos.
A razão porque este Cavalo jamais será visto, é por causa do amor.

O Cavalo, que era chamado o Cavalo de Vento, era o mais rápido e mais gentil de todos os póneis índios. Ele não sentia medo, não havia quem o prejudicaria. Se houvesse um índio ferido ou que precisava quem o levasse, Cavalo de Vento estaria lá para cuidar e levar o índio. Por causa da bondade do Cavalo de Vento, não existe mais. 
~Teresa Janice Pittman - Choctaw Nation - www.firstpeople.us 

Cavalo de Vento também é o nome dado às bandeiras de orações tibetanas. 
Nestas bandeiras, o Cavalo de Vento encontra-se no centro. O quatro cantos saõ guardados por quatro animais, representando Quatro Dignidades: Garuda (sabedoria), Dragão (poder gentil), Tigre (confiança) e Leão da neve (coragem, alegria). 

Há inscrições de sutras ou mantras na bandeira. Diz-se que quando as bandeiras de oração balançam ao vento, os poderes espirituais das imagens e escrituras sagradas beneficiam todos os que estão na área. Multicolores, pendurados num fio, as bandeiras de prece são soprados pelo vento. O ar leva as bênçãos e orações impressas no pano, para que o vento fique abençoado. Os cavalos de vento vibram na brisa que leva as suas orações e mantras, com a intenção de beneficiar todos os seres sencientes.

A história das bandeiras remonta às tradições Bon, no Tibete pré-budista, quando os sacerdotes Bonpo usavam bandeiras coloridas nas suas cerimônias de cura. Cada cor representa um elemento: terra (amarelo), fogo (vermelho), espaço (azul), água (verde) e ar (branco). Segundo a tradição, quando pendurados à volta dos doentes, essas bandeiras de oração criavam um equilíbrio dos cinco elementos, levando a restabelecimento da saúde mental e física.

Quando os primeiros astrólogos começaram a desenhar o mapa dos céus, as constelações eram assinaladas com nomes da mitologia grega. Junto ao Aquário identificaram um conjunto de estrelas com o nome de Pegasus,  o cavalo alado.
Pegasus é símbolo da conquista da liberdade absoluta, livre de tempo e espaço. É uma criatura que vem ter connosco em tempos de tristeza e preocupação, para nos levar para uma dimensão onde as portas do nosso potencial pleno se abrem. Simboliza o viver a vida para a qual nascemos, sem ser limitados pelo medo de sermos julgados. Pegasus lembra-nos que nascemos para experimentar e exprimir felicidade e liberdade!
A constelação Pegasus desenho no Globo Celestial  (Gerard Mercator)

O Cavalo de Vento, em todas as suas formas e aparências, representa o nosso Ser mais elevado, o nosso potencial maior. É um símbolo da harmonia do SER, onde coração, mente, espirito, corpo e alma funcionam em sintonia, como um só.

Este blog é dedicado à liberdade e ao direito de cada um de viver a sua liberdade. Liberdade no sentido mais espiritual: para podermos viver sem medo a nossa essência. 




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