A primeira Lua Cheia de 2023 será em Caranguejo


Começou o ano de 2023, um ano com a energia do número 7. 
Em numerologia, o nr. 7 é talvez numero mais espiritual: é o filósofo, sempre à procura de saber o que é a verdade última, o que é ilusão. Um ano 7 é um ano de despertar espiritualmente. Um ano que convide virar para dentro para uma procura solitária de conhecimento e sabedoria, com o foco no desenvolvimento e crescimento. O 7 sabe que as respostas que procuramos só podem ser encontradas dentro de nós, quando deixamos o barulho e a confusão e nos rendemos ao silencio do nosso coração.

No lado mais sombrio do 7 podem surgir pensamentos negativos. Quando perdemos a visão mais larga e perdemos nos nossos pensamentos; quando só queremos que nos deixam em paz. Se isso acontecer, se formos nesse espiral de preocupação e pensamentos repetitivos, guia-te de volta ao centro, onde está a resposta. A energia do 7 vai poder ajudar-te encontrar uma prática para te tirar deste espiral: caminhar, meditar, escrever ou desenhar, praticar yoga ou outro exercício físico. Saberás o que te tranquilizará.
Muitos de nós vão poder encontrar o seu potencial maior este ano. Não vamos poder mudar o mundo, mas podemos mudar a nós: será um ano de iniciação, rendição, e trabalho interior profundo. 


Foto: Rompalli Harish
 A primeira Lua Cheia de 2023 vai surgir em Caranguejo. A energia suave e maternal de Caranguejo é um convite para encontrar a nossa força nas nossas vulnerabilidades. Tal como o caranguejo e a lagosta, criamos armaduras para proteger o que trazemos dentro. São máscaras, atitudes de defesa, papéis que interpretamos. Inconscientemente, criamos esta protecção em tempos adversos, quando precisávamos sentirmos seguros. A armadura ajuda manter à distancia a energia que nos ameaçou. Mas o efeito negativa de manter a armadura, é que ficamos separados do mundo em que vivemos - e desconectamos com quem realmente somos.

Esta Lua pede para começarmos a ver quem realmente somos - em toda a nossa vulnerabilidade, toda a suavidade, toda a força. Pede para aceitamos quem somos e sentirmos à vontade e em paz com quem somos. Pede para agora sim, baixar as defesas e deixar a armadura de lado.
A lagosta, quando cresce, forma a sua armadura à volta, e cresce lá dentro até não caber mais na sua carapaça. Para poder crescer mais, vai ter que retirar-se. Em solidão, sai da sua carapaça para poder sentir o quanto já cresceu. Aceita quem é agora. É claro que crescerá nova carapaça. É inevitável. Mas quando for altura, volta a repetir o ciclo.

Uma maneira para honrar esta Lua Cheia é fazer a reconexão com o mundo em que vivemos.  Lembrar que nos somos como a Água, capazes de fluidez e de mudança contínua. Que somos como o Fogo, capazes de transformar, iluminar e alimentar. Que somos como o Ar, capazes de inspirar, aspirar e ascender. Que somos como a Terra, capazes de abraçar e amar incondicionalmente a Vida em toda a sua expressão.

Feliz Ano Novo. Que haja transformação e mudança para o bem de todos. 

Meditação e Cerimónia de Lua Cheia

6a feira, 6 de Janeiro, 16.45 h 
Cromeleque dos Almendres, Guadalupe, Évora.

Para a cerimónia no Cromeleque, é costume trazer uma oferenda em agradecimento ao sítio: um pau de incenso, um pouco de água, uma pedrinha, uma flor, ou o que achar adequada para exprimir a gratidão.
A participação na cerimónia é por donativo.
Estão todos bem-vindos!

Comentários

Mensagens populares deste blogue

A imagem de nós nasce do olhar dos outros

Lua Cheia em Capricórnio: encontrar um espaço seguro

A primeira Super Lua de Agosto